Um adeus para Nelson Leirner

09 de março de 2020
Emanoel Araujo
09 de março de 2020

As artes plásticas do Brasil perderam um dos mais importantes artistas de sua geração. Nelson Leirner veio de uma família de artistas e das artes de São Paulo, seu pai foi o patrocinador com o jornal Folha de SP do Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; sua mãe, Felícia Leirner, foi uma escultora que hoje possui um museu em Campos do Jordão com suas obras; sua irmã, Giselda Leirner, é também uma artista muito singular, seus desenhos são de uma força extraordinária e os grandes formatos do seu trabalho sempre mostraram uma desenhista de grande fôlego. São ainda da família Leirner a crítica de arte e ex-curadora da Bienal Internacional de São Paulo, Sheila Leirner, e a artista contemporânea Jac Leirner.

Nelson Leirner foi um artista seminal, nesses seus muitos anos de vida foi da praticidade de elementos desdobrados à busca de uma obra de contestação. Foi uma experiência nova rever quanto seu talento foi inovador e quanto sua produção tinha singularidade, ironia e sofisticação.

No Museu Afro Brasil temos uma grande obra exposta na exposição de longa duração do acervo, O Cortejo (2009), que traduz com muitos significados uma síntese do Brasil e da América Latina sincretizada, perpassando por uma imensa ironia das repúblicas das bananas.

Saudade desse grande criador, um brasileiro intolerante e denunciador.

 



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O Museu está aberto o ano todo, com exceção das seguintes datas:

  • 24 e 25 de dezembro
  • 31 de dezembro
  • 1º de janeiro