100 anos de Dorival Caymmi

30 de abril de 2014
Hoje se completam cem anos de vida de Dorival Caymmi, compositor baiano que embora falecido em agosto de 2008, continua vivo através de suas músicas, na lembrança e no imaginário do povo brasileiro.


Anízio Carvalho. Retrato de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé. Fotografia. Coleção particular


“Não sei de artista mais importante que Dorival Caymmi entre os baianos que escrevem, pintam, esculpem ou compõem”, assim Jorge Amado definia em 1947 a importância do músico Dorival Caymmi para a cultura baiana. Nascido em 30 de abril de 1914, o compositor foi uma das mais belas vozes que cantou e encantou o Brasil. Foi obá de Xangô do Axé Opô Afonjá e amigo querido de Mãe Menininha do Gantois e do artista plástico Carybé, entre tantos outros baianos ilustres. Caymmi, com estilo particular, cantou o mar da Bahia de todos os Santos, o mar aonde a nação Brasil nasceu, de onde vieram os negros, acompanhados das loas, do banzo, dos batuques e de seus amores. Dorival cantou o Amor. O amor do pescador pelo mar, do mar pelo pescador, da mulher, de Iemanjá, do homem, do menino. Dorival cantou a cultura afro-brasileira, o acarajé, a baiana, o dendê, o caruru, o vatapá, o Bonfim, a mistura. 

No ano em que se comemora o centenário da existência de Caymmi e 10 anos de existência do Museu Afro Brasil, o músico é um dos homenageados da exposição “O Que É Que a Bahia Tem” que será inaugurada no dia 08 de maio. A exposição é uma forma de gratidão por aquele que primeiro valorizou e expressou nacionalmente a cultura afro-brasileira, já cristalizada por todo território do país que, no entanto, ainda relutava em reconhecer a contribuição fundamental do negro e da mistura para a riqueza de sua cultura.

 



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O Museu está aberto o ano todo, com exceção das seguintes datas:

  • 24 e 25 de dezembro
  • 31 de dezembro
  • 1º de janeiro