Exposição de arte contemporânea africana, que esteve em exibição no Museu Afro Brasil, em 2015, conquistou o Prêmio Paulo Mendes de Almeida da ABCA
O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, recebe no próximo dia 31 de maio o Prêmio Paulo Mendes de Almeida, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), para “Africa Africans” como melhor exposição de 2015.
A Associação Brasileira de Críticos de Arte premia anualmente, desde 1978, críticos, artistas, pesquisadores, curadores, personalidades e instituições que contribuem para as artes no cenário nacional.
São 10 prêmios que apontam personalidades das artes visuais cujo troféu já teve diferentes versões desde sua criação, idealizados por artistas renomados. Este ano o troféu é uma homenagem de Maria Bonomi, escultora, gravadora e professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. A artista criou uma peça especialmente para os destaques que contribuíram para a cultura em 2015.
Sobre “Africa Africans”
Este ano, o Prêmio Paulo Mendes de Almeida destaca como melhor exposição a “Africa Africans”, que esteve em exibição durante 85 dias, de maio a agosto de 2015, e foi a maior mostra de arte contemporânea africada já realizada no Brasil. A programação incluiu instalações, pinturas, vídeos, esculturas, moda e um encontro para discussões com os artistas. Foram mais de 100 obras, de 20 artistas de diversos países africanos, como Benin, Senegal, Quênia, Angola, entre outros, que receberam só no último final de semana que esteve em cartaz, mais de 4.000 visitantes. Entre os grandes nomes da arte contemporânea, um dos destaques foi o artista plástico ganense El Anatsui, que ganhou o Leão de Ouro da Bienal de Veneza no ano passado, cujas obras estão em coleções públicas do Metropolitan Museum of Art e Museum of Modern Art, em Nova York, Los Angeles County Museum of Art, Indianapolis Museum of Art; Britishi Museum em Londres e Centre Pompidou em Paris, entre outras instituições. El Anatsui trouxe ao Africa Africans a monumental obra “Skylines” construída com reutilização de metais, incluindo lacres e tampas de alumínio.
“Africa, Africans” também contemplou uma mostra de moda, apresentando o trabalho de cinco estilistas africanos, da África do Sul, Nigéria, Quênia, Mali e Camarões, e fez parte do calendário da 39ª edição do São Paulo Fashion Week, transformando o espaço central do museu em passarelas, com curadoria do nigeriano Andy Okoroafor – reconhecido editor e diretor de arte, clipes musicais e moda em Paris. Fizeram parte do projeto também um Encontro com os Artistas, no Teatro Ruth de Souza, no Museu Afro Brasil e a publicação de um catálogo com o que aconteceu de melhor.
O catálogo continua à venda na Loja do Museu Afro Brasil e apresenta um pouco de tudo o que o projeto trouxe ao Brasil.
O Museu Afro Brasil está localizado no parque mais famoso de São Paulo, o Parque Ibirapuera, próximo ao portão 10. E, promete para breve uma nova exposição de arte contemporânea, com a outra raiz da cultura brasileira, a portuguesa. Aguardem novidades.