Evento reúne especialistas em torno de objeto surpresa para discutir história da arte e cultura material
Por que a história da arte tem que ser contada sempre do ponto de vista europeu? Como seria uma história da arte que fosse narrada, por exemplo, a partir das culturas africanas ou da cultura brasileira?
Buscando pensar outros discursos possíveis no campo da história da arte e examinar as relações simbólicas que estabelecemos com a cultura material, acontecerá em São Paulo,
dia 29 de outubro de 2016, sábado - 11h00, no
Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, a 4ª edição do
“Conversas com Objetos”, uma organização do
Goethe-Institut, em parceria com o espaço museológico e a Bienal de São Paulo.
Gratuito e aberto ao público, o projeto tem coordenação da professora
Claudia Mattos Avolese (Unicamp) e participação do escritor, crítico e curador
Marcelo Rezende, do artista, curador e professor da PUC-SP
Ayrson Heráclito, da artista israelense participante da 32ª Bienal de Artes de São Paulo
Michal Helfman, da pesquisadora e historiadora
Juliana Bevilacqua.
A ideia é reunir especialistas de formações diversas em torno de uma peça considerada parte da história da arte não europeia para elaborar discursos e refletir sobre perspectivas não eurocêntricas da história da arte.
O objeto em questão será uma peça do acervo do Museu Afro Brasil que, até o momento do evento, não será revelada.
A conferência se destaca pela surpresa do confronto material com o objeto: sem preparo prévio, especialistas e público, são convidados a ocuparem a mesma posição como produtores de conhecimento sobre a peça em questão, desmontando a hierarquia secular sobre o discurso da história da arte. O formato do evento também se diferencia pela disrupção: cadeiras são colocadas em círculo, no formato Fishbowl, em que todos podem ocupar a posição de “especialista”.
O “Conversas com Objetos” faz parte do projeto
Episódios do Sul, concebido pelo Goethe-Institut, que busca visões e contribuições do Sul na arte, na ciência e na cultura, em um contexto de crescente globalização. Através de rodas de discussão, seminários, grupos de pesquisa, residências e produções artísticas, são colocadas em pauta as visões próprias do sul em relação à história da arte global, o futuro dos museus, utopias possíveis, mediação do conhecimento, entre outros temas.
www.goethe.de/brasil/episodios Participantes Claudia Mattos
Professora da Unicamp, é diretora do projeto Expanding Art History: Teaching Non-European Art at Unicamp, financiado pela Fundação Getty de Los Angeles.
Marcelo Rezende
Marcelo Rezende (Brasil, 1968) é pesquisador, critico e curador. Foi diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia (2012-2015), diretor artístico da 3a Bienal da Bahia (2014) e integrou o grupo curatorial da 28a Bienal da Bahia (2008), entre outros projetos e ocupações. Autor do romance “Arno Schmidt” (2005), ele elabora para o Johann Jacobs Museum (Zurique) o projeto expositivo "Utopia in the Coffee Plantation".
Ayrson Heráclito
Artista visual, curador e professor. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo (2016), Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Professor do Centro de Artes, Humanidades e Letras - CAHL da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB.
Michal Helfman
Membro senior do programa Master of Fine Arts da Bezalel Academy of Art and Design de Israel e participante da 32a Bienal São Paulo.
Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua
Historiadora, mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. É autora do livro Homens de Ferro. Os ferreiros na África central no século XIX (São Paulo: FAPESP; Alameda, 2011) e coautora do livro África em Artes (São Paulo: Museu Afro Brasil, 2015). É professora no programa de pós-graduação em História da Arte no Centro Universitário Belas Artes e pesquisadora do programa “MASP Pesquisa”.
Museu Afro Brasil
Inaugurado em 2004, é uma instituição pública, subordinada à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e administrado pela Associação Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura, desde 2009. Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, no Parque de São Paulo, o museu conserva, em 11 mil m2, um acervo de aproximadamente 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XV e os dias de hoje. Este acervo abarca diversas facetas dos universos culturais africano e afro-brasileiro, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a diáspora africana e a escravidão, registrando a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.
Além de exibir parte deste acervo na Exposição de Longa Duração, a instituição realiza exposições temporárias e dispõe de um Auditório e de uma Biblioteca especializada que complementam sua programação, recebendo anualmente mais de 180 mil visitantes.
SERVIÇO:
CONVERSAS COM OBJETOS
HISTÓRIA DA ARTE E CULTURA MATERIAL
29 de outubro | sábado | 11h
Gratuito | Aberto ao público
Inscrições: cultura@saopaulo.goethe.org
Museu Afro Brasil
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque Ibirapuera - Portão 10 (acesso pelo portão 3)
São Paulo / SP - 04094 050
Fone: 55 11 3320-8900
www.museuafrobrasil.org.br
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Informações para a imprensa – Goethe-Institut São Paulo
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Informações para a imprensa – Museu Afro Brasil
Luiza Magalhães (11)3320-8940 | luiza.magalhaes@museuafrobrasil.org.br
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Informações para a imprensa - Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
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