Livro que reúne poesias e crônicas de autoras negras é lançado no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo no próximo sábado (03/06)

29 de maio de 2023
Integrando a programação da 3ª edição da MAB Margens – Feira de Artes Gráficas do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, no próximo sábado, 03/06, às 15h, acontecerá o lançamento do livro Das Raízes à Colheita, que reúne poesias, contos, crônicas e canções de escritoras negras diversas. A obra literária é o primeiro livro do Coletivo Flores de Baobá e as narrativas são o retrato do cotidiano de mulheres plurais que encontraram o seu poder por meio da escrita.

O evento contará com leitura de textos da obra em formato de mini sarau de poesia, prosa e música e presença do coletivo composto pelas autoras Benedita Lopes, Catita, Claudia Walleska, Esmeralda Ribeiro, Joice Aziza, Mari Vieira e Samira Calais. 

De acordo com as autoras, esta não é uma coletânea, mas um livro concebido por um coletivo, uma unidade formada por sete individualidades. Na obra, respira a escrevivência - termo cunhado por Conceição Evaristo - de escritoras negras que revelam não apenas as mazelas advindas do racismo estrutural da sociedade brasileira, mas principalmente a riqueza da vivência negra em sua cultura, memória e contemporaneidade, abordando, assim, temas diversos, não restritos ao que ilusoriamente se convenciona ser produção de autoria negra.

Das Raízes à Colheita é publicado pela Editora Feminas, por intermédio do Selo dandaras, tem ilustrações da artista May Solimar e foi aprovado no Edital 24/2022 do Proac - SP. A editora Feminas é voltada para publicações de autoria feminina e o objetivo principal é oferecer espaço e visibilidade à produção de escritoras brasileiras, seja na poesia, na prosa, no ensaio ou na escrita acadêmica (teses e dissertações). 

Sobre o coletivo: O Coletivo de Escritoras Negras FLORES DE BAOBÁ nasce em 15 de dezembro de 2018, por iniciativa de Joice Aziza, no lançamento do Cadernos Negros 41, em São Paulo. À época, sete mulheres se uniram pelo entusiasmo e potência de suas escritas, impulsionadas pelo passado de todas que vieram antes, celebrando o presente e vislumbrando o futuro. Quatro escritoras eram estreantes em Cadernos Negros, uma era “veterana” e duas foram avaliadoras dessa edição. São elas, respectivamente: Catita, Marli de Fátima Aguiar, Samira Calais, Zainne Lima da Silva, Claudia Walleska, Joice Aziza, Mari Vieira, as sete co-fundadoras do coletivo. Em maio e em junho do ano seguinte, o coletivo ganha duas novas integrantes, respectivamente, Esmeralda Ribeiro e Benedita Lopes, veteranas na literatura afro-brasileira, na militância e na experiência de vida, em relação às primeiras. Por essa ocasião, o coletivo firmou sua diretriz: ser um grupo fechado, que cultiva não apenas as escrevivências de cada uma e coletiva, como também o cuidado e zelo por todas, em parceria de escrita-vida, em laços fortes e complexos, como é a vida e a vida de mulheres pretas. Em janeiro de 2021 e abril de 2022, Zainne e Marli desligam-se do coletivo para trilharem outros caminhos. O grupo volta a ter sete mulheres, com outra configuração, mas igual propósito. 



SERVIÇO

Lançamento do livro Das Raízes à Colheita
Quando: 03 de junho de 2023 (sábado)
Horário: 15h às 18h
Onde: Museu Afro Brasil Emanoel Araujo (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Portão 10, Parque Ibirapuera, São Paulo)
Apoio: ProAC, Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo

 



BUSCA

O Museu está aberto o ano todo, com exceção das seguintes datas:

  • 24 e 25 de dezembro
  • 31 de dezembro
  • 1º de janeiro