Madalena Schwartz

(Budapeste/Hungria, 1921 – São Paulo/SP, 1993)

Fotógrafa. Nascida na Hungria, emigrou aos treze anos de idade para a Argentina, onde viveu até 1960, quando se mudou para São Paulo. Foi dona de uma lavanderia de roupas chamada Tinturaria Irupê, ao mesmo tempo em que começou a praticar fotografia. Em 1966, matriculou-se no curso do Foto-Cine Clube Bandeirante. Recebeu encomendas de diversas revistas, entre as quais destacam-se Cláudia, Planeta, Vogue, Status, Americas, Fotoptica, Geografia Ilustrada, Manchete Internacional  e Time. Trabalhou ainda para a Rede Globo de Televisão, entre 1979 e 1991. No final da vida, também se dedicou à escultura. Participou de diversas exposições internacionais e expôs individualmente em São Paulo (no Museu de Arte de São Paulo, em 1974, 1975 e 1983; na Pinacoteca do Estado, em 1992; e no Museu da Imagem e do Som, em 1997), em diversas cidades dos EUA (1983-1984), na Argentina (1984 e 1993), em Budapeste (1988) e no Japão (1990). Dentre os 9 prêmios que sua obra conquistou, destacam-se a medalha de bronze do I Salão Nacional de Arte Fotográfica Liberdade (São Paulo, 1969), a medalha de bronze do II Salão Internacional de Arte Fotográfica Liberdade (São Paulo, 1973), a medalha de ouro da II Exposição Internacional de Arte Fotográfica de Cingapura (1971), a medalha de prata da V Exposição Internacional de Fotografia de Ceilão (1972) e a menção honrosa no II Salão Nacional de Arte Fotográfica de Nîmes/França (1973). Em sua obra, destacam-se os retratos, tanto de personalidades brasileiras quanto de rostos anônimos registrados em viagens pelo Norte e Nordeste do país. Segundo Pietro Maria Bardi, “Madalena escolheu sem escolher: acertou o povo de qualquer origem, os humildes e os que se tornaram famosos no olimpo do esporte ou no fechado setor da cultura, recompondo o Brasil.” Gilda de Mello e Souza lhe atribuiu “a capacidade de tornar o espaço homogêneo, abandonando a relação tradicional figura-e-fundo e apoiando-se num elemento plástico unificador”, e ressaltou a contraposição recorrente de “um perfil duro a mãos energicamente entrelaçadas [...], um elemento inquietante e perturbador de ambiguidade".

Personalidades Relacionadas

Gilda de Mello e Souza
(1912-2005)
Filósofa e crítica literária paulista, estudou especialmente a obra de Mário de Andrade.